quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sra. Mentira

Venho por meio desta oferecer-lhe meus mais sinceros votos de más vindas!
Tenho tanto a te cobrar, tanto a questionar e contestar, e estou certa de que retornará respostas. Claro, sejam elas nulas, meias verdades ou falsas em sua totalidade.

Fizestes parte de minha infância com suas falsas e convictas verdades, me proporcionando alegrias e muitos sorrisos, bem como segurança e certezas ditas inabaláveis.
Não poderia deixar de citar que mesmo após anos permanecestes a meu lado, tanto nas horas boas como nas piores, e que assim como eu crescestes e amadurecestes muito também.
Descobri o quão abrangedora e (des) necessaria és. Não és egoísta, pois compartilhou suas "verdades" com tantos que até estavam fora de minha cogitação, envolvendo-os em seus trabalhos mesmo que involuntariamente.

Me ensinastes tanto! Aprendi a não mentir!...ou melhor, aprendi a mentir e muito bem. Descobri que sou capaz de proferir palavras mascaradas olhando em olhos alheios e que ao contrário do que muitos dizem é muito fácil de se fazer e sendo assim não acredito nos olhos que te ditam...mas descobri que não posso conviver com uma mentira, que não a suporto de tão abominável que és, que és devastora e companheira, esta ultima qualidade se deve ao fato de não se desprender de minha vida mesmo depois de tanto tempo, repetindo os mesmos contos. O pior é que não foi iniciada e nem anunciada por mim, mas participei como personagem secundario atuando como uma vitima cega sendo atropelada por um caminhão cheio de mentirinhas!

O mais incrível é seu dom criativo de inventar histórias e a velocidade com que age, e como se não bastasse ainda projeta em outras pessoas o seu maior defeito. Impressionante como se somatiza e ainda não deu nó! Somente nó na garganta, nó nos pensamentos, nó no âmago e em certos sentimentos, mas isso não tem importância para ti, não é verdade?!

Se por ventura de mim saisses descaracterizaria o meu "eu", então uma vez que não fazes parte de meu perfil e ofende todos os meus meros pricípios, o meu "eu" não mente.
Inegável que estas presente em meu interior, mas as mentiras que conto são para mim mesma.

Sendo assim, declaro que não a aceito vestida ou revestida de forma alguma, que de minha boca tu não sai!
E para cumprir essa promessa, espero que nunca haja nenhuma necessidade extrema oportuna a sua chegada, e obrigada por nunca ter sido necessária para mim.

Perdoe-me por muitas vezes lhe preterir mas é que condeno a hipocrisia.

Agradeço o ensinamento

Srta. Enganada

...Nay...

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