quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Enfrente-me

Breves sussurros, breves lamentos, breves dias...breve sóis...breve sono.
Não te vejo, não te tenho, não te conheço, não me aborreço.
Das minhas insígnias sei eu, só eu conheço a dor que carrego pra respirar. Minha defesa é o ataque, meu estandarte a vida se encarrega de lidar.
Não pergunto as verdades de minhas palavras, pois com o erro delas, somente eu sei lidar. Sofro as conseqüências de meus erros de peito aberto..."que me atirem no peito"...não me retiro de acusações.
Sei lidar com o que é certo, com o que é novo, com o que é sonho, com o que é ilusão...mas não sei lidar com meu medo, afeita que sou a ter sempre coragem. Meu medo me impede de aceitar meias verdades, me impede de aceitar outros medos, me impede de encarar "oportunidades" que nada podem me dar em troca.
Sou tacanha, sou marrenta, sou volúvel e perspicaz e eu não pedi pra ninguém gostar disso. Eu não evito o fim do mundo...eu corro para ele...não corro pra me salvar...eu corro pra ver onde é o fogo...eu não tenho medo de perder...tenho medo de não ganhar...eu não evito o término..eu corro pra escrever "FIM" nele.
O que sou? Marinheira de primeira estrada, portatora da fé na vida, a primeira a dizer sim, e a última a dizer não, a que nunca vai faltar coragem pra dizer qualquer palavra, a que SEMPRE sorri pra vida não por achar que ela é bela...mas por saber enfrentar o que não é.
Tenho comigo coração pequeno e costas largas. No coração é bem vindo somente aquele que quer, não carrego no peito nenhum mal querer, é pequeno porque carrega só aqueles que fazem valer a pena aqui estar. Nas costas carrego tudo que me importa, fiz dela larga pra proteger os que carrego dentro de mim...não tenho medo de lutar pelos meus.
Não quero que mudem, não quero que estudem, não quero que morram por mim. Não sou definível, não sou decifrável, não sou doce, e também não sou amarga.
E se isso te for muito pouco...sinto muito...mas quem disse que eu seria alguma coisa por alguém?



Mayra ou Pandora...nesse caso tanto faz!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

16:57

A ausência justifica a carência, a qual desabitual, e portanto são desconhecidos os meios de lidar com a tal.
Não é mal vinda, tampouco bem vinda. Simplesmente está ali ansiosa e desinibida.
Palavras lançadas aos ouvidos em vão, por mera desilusão ou mesmo verdade, não se sabe, apenas incoerentes com a realidade.
Não se atente a insegurança, inerente a mudança, que de meus olhos sangram de tanta coragem, em busca de uma continua "mais uma chance".
Paradoxalmente em meu seio mais amores, nos meus atos mais intrigas. Estes mascarados pela indiferença que inexiste, mas ao menos não te amola por suas dores.
No olhar a sensibilidade, nas palavras inconcluídas há sempre pensamentos perdidos.
Que lindo viver conscientemente no escuro de não saber, por se permitir sentir e viver, pois nesse caso a luz faz a retina arder.
Quanto incolor se vê daqui e gera anseio de encontrar um único olhar, no qual há predominância de minhas nuances prediletas para remeter a ares que transformem todas as inferências ofendidas em apenas lembranças descabidas e alegremente bem vividas.

...Nay...