sábado, 12 de junho de 2010

De quando renasci.

O frio daquela lâmina esteve bem próximo. Cheguei a sorrir para o fim. Mas o sorriso que este me devolveu iluminou a minha paz.
Através da névoa que cobria minha visão vi o céu. Estrelado, distante, onipresente, onipotente, ciente de tudo, dolorido por nada.
O vento, furioso e arrebatador, passava por mim tentando fazer com que eu ouvisse suas verdades. E então eu ouvi.
Sonhos voltaram, de forma a jamais conseguir novamente nega-los. Porém a quase dor daquela lâmina havia conseguido cortar algo. Cortou os fios que me prendiam. Não havia mais a mentira e o mistério do amanhã...mas a verdade e realidade do que eu podia fazer por mim.
O sol me achou entorpecida, cansada demais com a certeza que aquela noite havia me dado...me aqueceu, me levantou, impregnou em mim, com suas ondas de calor, o que eu deveria viver eternamente.
Sento a beira de um penhasco, sem receio de olhar para baixo...somente imaginando qual seria a sensação se eu pudesse voar, sentir o ar passando rápido pelos meus ouvidos, ouvir a voz da liberdade.
Hoje há o desejo de viver intensamente, de sentir indiscriminadamente, aceitar qualquer rota que o tempo e o vento me ditarem.
Minhas mãos estão livres, mas lhe digo que se quiser segura-las aceite que ao fazer isso, não estará prendendo as suas entre as minhas....mas sim conjugando comigo, a sua liberdade.


Por Mayra

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